segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Creepypasta: Medo da Chuva



Veja bem, não estou escrevendo esta creepypasta com o intuito de assustá-lo. É apenas uma dica, um conselho, afinal, somos sete bilhões de pessoas no mundo e o que quer que tenha vindo ao meu encontro pode estar agora mesmo atrás de você.

Estava no meu quarto, de porta fechada. Havia recém desligado o computador; assista televisão. Os jornais eram todos a mesma coisa: reclamando da seca, da falta de água, de como esse seria o verão mais quente de todos os tempos.

Estava com fome, mas não queria sair de dentro do quarto sob hipótese alguma. Estava lendo algumas creepypastas e qualquer coisa vira creepy depois de uma sessão dessas histórias. Entretanto, não consegui me segurar por muito tempo. Me convenci de que qualquer coisa que eu pudesse ver ou ouvir seria fruto da minha mente amedrontada. Disse a mim mesma que precisava passar por cima do medo, rir do medo. "Nada acontece durante o dia por quê?! Cansei de pensar, no meio da rua em dias de sol: se há alguma coisa, apareça agora", lembrei. "Se houvesse alguma coisa realmente poderosa e perigosa, não iria esperar a noite e a solidão pra poder me assustar."

É aí que mora o problema, meus caros. Quando você desafia o sobrenatural, é lógico que ele vai querer fazer você sentir o pior medo possível. E ninguém é autoconfiante à noite.Encostei na maçaneta e ouvi um barulho. Era algo entre um sussurro e uma corrente de água, um tipo de chiado. Vinha de detrás da porta. Não de longe; parecia estar exatamente atrás da porta de madeira. "É qualquer coisa", pensei.

"Não vou desistir por causa de uma coisa tão besta. Ainda se fosse uma voz..."

Voltando à mesma teoria: será sempre - SEMPRE - o desconhecido.

Continuei firme. Abri a porta, corri até a cozinha, alcancei um pacote de salgadinhos. Correndo, eu admito. Corri como poucas vezes na vida. Atravessei o corredor e a sala duas vezes em menos de quarenta segundos. Entrei no quarto e bati a porta, trancando-a. Só conseguia ouvir meu coração e um barulhinho de chuva vindo da janela no fundo do quarto. "Estou segura", cogitei. Por dois segundos.Foi aí que meu coração acelerou e alguma coisa incrivelmente gelada percorreu minha espinha. Paralisei de pavor.

Como eu pude ser tão imbecil?! Não havia chuva há quase dois meses.

Qualquer coisa que estivesse lá fora, eu deixei entrar.
 
 
Não adianta correr

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