Veja bem, não estou escrevendo esta creepypasta com o intuito de assustá-lo. É apenas uma dica, um conselho,
afinal, somos sete bilhões de pessoas no mundo e o que quer que tenha
vindo ao meu encontro pode estar agora mesmo atrás de você.
Estava no meu quarto, de porta
fechada. Havia recém desligado o computador; assista televisão. Os
jornais eram todos a mesma coisa: reclamando da seca, da falta de água,
de como esse seria o verão mais quente de todos os tempos.
Estava com fome, mas não queria sair
de dentro do quarto sob hipótese alguma. Estava lendo algumas
creepypastas e qualquer coisa vira creepy depois de uma sessão dessas
histórias. Entretanto, não consegui me segurar por muito tempo. Me
convenci de que qualquer coisa que eu pudesse ver ou ouvir seria fruto
da minha mente amedrontada. Disse a mim mesma que precisava passar por
cima do medo, rir do medo. "Nada acontece durante o dia por quê?! Cansei
de pensar, no meio da rua em dias de sol: se há alguma coisa, apareça
agora", lembrei. "Se houvesse alguma coisa realmente poderosa e
perigosa, não iria esperar a noite e a solidão pra poder me assustar."
É aí que mora o problema, meus
caros. Quando você desafia o sobrenatural, é lógico que ele vai querer
fazer você sentir o pior medo possível. E ninguém é autoconfiante à
noite.Encostei na maçaneta e ouvi um barulho. Era algo entre um sussurro
e uma corrente de água, um tipo de chiado. Vinha de detrás da porta.
Não de longe; parecia estar exatamente atrás da porta de madeira. "É
qualquer coisa", pensei.
"Não vou desistir por causa de uma coisa tão besta. Ainda se fosse uma voz..."
Voltando à mesma teoria: será sempre - SEMPRE - o desconhecido.
Continuei firme. Abri a porta, corri
até a cozinha, alcancei um pacote de salgadinhos. Correndo, eu admito.
Corri como poucas vezes na vida. Atravessei o corredor e a sala duas
vezes em menos de quarenta segundos. Entrei no quarto e bati a porta,
trancando-a. Só conseguia ouvir meu coração e um barulhinho de chuva
vindo da janela no fundo do quarto. "Estou segura", cogitei. Por dois
segundos.Foi aí que meu coração acelerou e alguma coisa incrivelmente
gelada percorreu minha espinha. Paralisei de pavor.
Como eu pude ser tão imbecil?! Não havia chuva há quase dois meses.
Qualquer coisa que estivesse lá fora, eu deixei entrar.
Não adianta correr
Vi essa no creepypasta Brasil. Muito boa!!!
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